Eu professo que a política e a verdade nunca andam de mãos dadas, algo dito com brilhantismo por Hannah Arendt. Porém, num mundo da pós-verdade e da dilapidação dos valores virtuosos, a mentira e a má fé atingiram patamares inimagináveis em terras verde-amarelas. Nada mais revelador do que o ataque presunçoso a verdade, em escala industrial, do que os tais debates presidenciais. A corrosão da verdade é tanto vergonhosa como também devastadora.
Não sou nenhum paladino da veracidade, e sei que a mentira do tipo “arranjo político” não vai desaparecer. O que me embrulha o estômago, é a mentira suja, o arranjo premeditado, a sacanagem de quem só tem por objetivo ludibriar o povo e alcançar o poder.
Por uma manobra jurídica imoral, o ex-presidiário conseguir deixar o seu habitat natural com a intenção de voltar a cena do crime. Para tanto, ele precisa surrupiar a verdade e mentir, muito!
Na cadeia, ele teve tempo de maturar seus atos - ilícitos - e suas mentiras românticas. O demiurgo de Garanhuns preparou, tal qual um serial killer, um “plano de voo”, à semelhança do injustiçado e do perseguido Nelson Mandela, em terras brasilis ajudado por togados ativistas jurídicos e, mais tristemente, ativistas políticos.
Neste sentido, o ex-presidiário é extremamente hábil em mentir, expressando justamente aquilo que o povo - iletrado - deseja ouvir. Como a realidade traz o inesperado, é chocante e grotesco ouvir o sofrível português de um meliante que insiste em mentir, descaradamente, que foi inocentado - FAKE NEWS. Ele afirma isso em alto e em bom som, sob os holofotes, e não há grandes movimentos na direção de apontar a veracidade dos fatos.
Evidente que eu já estava preparado, mas é caricato! O doente ex-presidiário, desde sempre, é tão mentiroso e salafrário que ele próprio acredita que suas mentiras e bizarrices são verdadeiras. Ele mente por princípio e pelos cotovelos, e crê que o faz em benefício do povo. Muito embora tais debates presidenciais sejam o apogeu da mentira, esse ex-presidário “Honoris Causa” em mentira, começa a ruir com intensidade, uma vez que o bombardeio é forte, de vários lados, e a noção clara e real de seus inúmeros crimes ficam ainda mais transparentes.
Por mais debates.
Não será por uma questão moral que o “pai dos pobres” irá desmoronar, mas sim pela singela realidade que vai se impor, despedaçando parte por parte de sua falsidade e de sua maledicência, das quais o larápio é mestre. Como estampado ontem no debate, a postura acuada e os lapsos de memória do ex-presidiário, demonstram que o mentiroso não será capaz de encobrir a factualidade de seus atos espúrios.
O ex-braço direito do ex-presidiário, Antonio Palocci, declarou: “No fim do seu 2a. mandato (Lula), ele preparou a sua aposentadoria”.
Pobre - parte - povo brasileiro, pois como afirmou Charles de Gaulle, um político nunca acredita no que diz, mas fica surpreso quando outros acreditam.
O ex-presidiário aparenta acreditar.
