sexta-feira, 17 de outubro de 2025

TUPINIQUIM X TIO SAM…



O chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, se encontraram nesta semana em Washington. Como qualquer cidadão com visão geopolítica sensata poderia prever, o encontro terminou sem avanços concretos e com um sabor amargo para as autoridades brasileiras.


Ao contrário do que diziam os petistas, Rubio não foi escanteado por Trump — e tampouco demonstrou qualquer afinidade com Vieira.

O que deveria representar uma tentativa de reverter o desastre diplomático esculpido há meses pelo governo petista — que, mesmo antes de Donald Trump assumir a presidência dos Estados Unidos, já inspirava ranços, caretas e uma série de adjetivos pejorativos e xingamentos dirigidos sem pudor à equipe de Trump — acabou se tornando uma reunião tensa, marcada por cobranças diretas dos Estados Unidos sobre a escalada autoritária no Brasil.


Fontes em Washington confirmaram que Marco Rubio foi taxativo: não haverá trégua tarifária nem flexibilização de sanções enquanto o governo brasileiro não enfrentar a opressão judicial e as violações de direitos fundamentais que mancham a imagem do país. Os olhos do mundo inteiro acompanham esse impasse e, lamentavelmente, o Brasil tornou-se um país com classificação “ABC”: autoritário, bandido e corrupto. A mensagem, dura e clara, pegou Vieira de surpresa. O chanceler, que chegou sorridente à Casa Branca, saiu abatido, ciente de que o Itamaraty perdeu o controle da narrativa internacional. A tentativa de Lula de transformar a crise em uma questão meramente comercial foi desfeita em minutos.


O tema central, a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, revelou-se apenas o sintoma de um problema muito mais grave. A deterioração da confiança dos Estados Unidos nas instituições brasileiras. Especialmente após sucessivas denúncias de censura e perseguição política promovidas a partir do próprio Judiciário, através do ministro Alexandre de Moraes. Enquanto o regime tenta vender a versão de que há diálogo e cooperação, o que houve, segundo fontes americanas, foi uma reprimenda velada, com aviso expresso de que a Casa Branca e o Congresso estão monitorando de perto a atuação de juízes e autoridades brasileiras.


O recado foi entregue por Marco Rubio, descendente direto de cubanos e uma das principais vozes do presidente norte-americano, que não omite o posicionamento contrário aos regimes comunistas, a ditadores e a escolas doutrinárias do socialismo, como o Foro de São Paulo. Uma ameaça explícita e evidente ao capitalismo na América Latina. Segundo Rubio, o Brasil só voltará a ser parceiro estratégico se respeitar a democracia que insiste em deturpar. Agora, cabe ao líder do governo brasileiro cortar a cabeça certa a fim de resolver o impasse. Resta não saber se essa guilhotina não coloca a cabeça do próprio presidente do Brasil a prêmio entregue numa bandeja como o bode expiatório do Clubinho. Tudo para manter a ordem, a hierarquia e o plano de manutenção do poder do sistema.