Aguardem com grande expectativa: o desdobramento da suposta delação premiada do estereótipo do empresário Ednaldo “Naldinho” Medeiros, dentro da operação Recicliva da Justiça Federal. O “desconfiômetro” é generalizado perante aos companheiros e aos sócios que, de alguma forma, estiveram profissionalmente ligados nas atividades de execução de obras públicas com o Sr. Ednaldo Medeiros.
Ao ser posto em liberdade após ter sido condenado duramente pelo Juiz Federal Dr. Cláudio Girão – autoridade implacável no combate à corrupção de agentes políticos –, o Sr. “Delator”, aqui mencionado, só poderia ter acrescentado informações seguras para merecer tamanha confiança da Justiça Federal.
Por mais que se queira exercer o ofício da especulação, o prudente é aguardado na manifestação da Justiça a qual, certamente, promoverá as prisões daqueles os quais o Sr. Naldinho teria supostamente delatado. Não é justo fazermos ilações desses ou daqueles nomes que estejam envolvidos.
Na atual conjuntura, as chamadas “delações” passaram a ser bastantes questionadas sobre vários aspectos de legalidades. No caso em questão, por ter merecido a liberdade quando o próprio Juiz condutor do processo aplicou reiteradas prisões preventivas aos réus da operação Recicliva, foi provocado um aumento de temperatura emocional em inúmeras pessoas, especialmente em agentes políticos.
Sabemos que, para cometer tais crimes relacionados à construção de obras públicas, todos os já condenados da citada operação policial contaram com a anuência e a participação de funcionários públicos – principalmente prefeitos. Em São José do Bonfim, a construção de uma quadra poliesportiva levou o, também, protótipo de empresário Dineudes Possidonio a uma condenação acima de 12 anos de reclusão.
A empresa Millenium, vencedora da licitação, propriedade do Sr. Dineudes, teria “apenas” fornecido notas fiscais da obra, pois o verdadeiro executor teria sido o ex-prefeito Miguel Motta, esposo da atual prefeita, Rosalba Motta, segundo as evidências do caso. Situações como estas, relatadas anteriormente, poderiam ter sido esclarecidas na suposta delação do Sr. Naldinho. Provavelmente os outros igualmente envolvidos – e já condenados na operação Recicliva – poderão procurar a Justiça para esclarecer os fatos e os personagens os quais omitiram nas instruções processuais.