segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

SOMOS TODOS BOLSONARO….

 



Desde o anúncio da pré-candidatura, Flávio Bolsonaro fez algo que poucos conseguem: colocou o próprio nome no centro da política nacional e não saiu mais de lá. Os números são didáticos, o levantamento digital monitorado pela Datrix mostra que o tema alcançou mais de 117 milhões de pessoas na internet, um volume que rivaliza com ciclos eleitorais inteiros.


E, ao contrário da narrativa vendida pela oposição, apenas 28% das menções foram negativas, resultado surpreendentemente baixo para quem estreia no tabuleiro presidencial. Mas o mais interessante não foi a repercussão, foi o controle do jogo. Ao declarar publicamente que "pode recuar" e que tem "um preço", Flávio fez exatamente aquilo que estrategistas chamam de escassez política: transformou sua presença de postulante em ativo valioso, forçou adversários e aliados a reagirem, e renovou o ciclo de exposição sem gastar uma vírgula a mais em comunicação. A pauta, que poderia esfriar, ganhou outra semana de calor, especulação, debate, projeção e foco, sempre com ele no centro.


E aí que muitos erram a leitura: não é sinal de fraqueza, é engenharia narrativa. Quem pauta, governa. Quem obriga os outros a discutir seus movimentos, lidera. E quando um candidato recém-anunciado movimenta 117 milhões de pessoas e consegue manter o país debatendo seus passos, com somente 28% de reações negativas, o recado é claro: ele compreendeu o campo da comunicação política moderna, onde tempo de pauta vale mais que tempo de

TV.


Flávio não está apenas disputando eleição, está disputando o monopólio da atenção, e, por enquanto, está vencendo.