O radicalismo foi derrotado em São Paulo. Venceu o Estado Democrático de Direito, que rejeita atentados ao direito de propriedade, com invasões do alheio. O candidato pagou o preço por ser gestor de ocupações, apoiado por quem tem "orgulho" de ser chamado de comunista. O pobre brasileiro já não é vítima da demagogia, quer trabalhar, ter transporte, saúde, segurança.
Prometer moradia, lote de plantio, viagens aéreas, três refeições diárias, já não ganha mais eleições. Promessas e repressão judiciária não trazem respeitabilidade a governos. O trabalhador paulista mostrou que não tem partido, mesmo que usem sua denominação indevidamente. Partido de trabalhador exige chão de fábrica, e não corredor de universidade.
Nunes está longe de ser o prefeito ideal, mas ao menos não é aliado do ladrão na presidência. Pessoal da direita reclamando que centrão deu banho nessas eleições está se esquecendo contra quem estamos lutando. Acordem pra vida.
Não será fácil recuperar o estrago que a mídia e o judiciário fizeram à política brasileira. A criminosa eleição presidencial de 2022 ainda é recente demais para ser revertida em tão pouco tempo. Mas apenas o fato do PT definhar a olhos vistos já é um alento, aponta um caminho, e dá esperanças.
Boulos é o símbolo maior da esquerda brasileira hoje: sem propostas, sem direção, sem novidades, sem votos, contando apenas com o apoio do jornalismo apodrecido e do pelassaquismo eterno da classe artística que adoram ver bandido no poder. Podem me acusar de estar vendo o copo meio cheio, não me importo, porque uma coisa é certa: o outro lado tem muito mais motivos para vê-lo meio vazio.
No mais, parabéns aos paulistanos.