Estava aqui pensando.
Enquanto a tragédia se abatia sobre os gaúchos, a já famigerada Rede Globo de Televisão estava entretida e comprometida com o show da Madonna.
Não havia olhos para mais nada além da cobertura compulsiva do show da cantora americana, que iriam transmitir, de olho na audiência.
Business, enfim.
Os gaúchos que esperassem.
Enquanto isso acontecia, a sociedade civil se organizava, livre, leve, solta e competente.
Redes sociais ativadas, o milagre aconteceu.
Enquanto uma parte se encarregava de organizar e aarecadar as doações, uma outra parte se jogou de cabeça na busca e resgate dos mortos, feridos, desaparecidos ou ilhados.
Empresários enviaram seus helicópteros com mantimentos e para auxiliar no resgate das vitimas.
Grupos diversos de voluntários vindos de todos os lugares colocaram seus barcos e jetskis, e enfiaram-se de maneira destemida naquele mundo de água, verdadeiro dilúvio moderno, assemelhando-se a Noel e sua arca bíblica, resgatando a todos, homens e animais em sofrimento.
Estados como São Paulo, Paraná e Santa Catarina prontamente ofereceram sua preciosa ajuda e para lá se dirigiram, enviando bombeiros equipados e treinados para operações de resgate.
Estava formada uma maravilhosa egrégora civil que já deixou sua marca para a posteridade.
Mas eis que Madonna deixou o Copacana Palace com os bolsos cheios e zarpou de volta à sua vida de celebridade.
E aí o pior aconteceu.
A Globo lembrou-se, repentinamente, que uma tragédia grassava no Sul do país.
Pronto.
A verdadeira desgraça teve inicio.
Teve início o dedo em riste, as difamações, as acusações, a fala obsessiva centrada na palavra "fake news", o conluio com o governo federal na perseguição aos "infiéis" que tiveram a bárbara coragem de começar a festa sem ela, e pior, sairam-se muito bem, obrigado, mostrando que o Estado deve auxiliar com verbas, dinheiro dos impostos recolhidos arduamente dia após dia, mas sem atrapalhar, se mais não puder fazer.
A Globo chegou para disseminar a discórdia e dividir o que unido está.
Não aceitam que são desnecessários, que já não são norte, leste, oeste ou sul para mais ninguém.
Não aceitam que não ditam as palavras de ordem da seita que representam.
Não aceitam a libertação dos seus antigos escravos mentais.
Uma coisa é certa:
Ou o Brasil acaba com a Globo, ou a saúva Globo, verdadeira vassala do Governo Federal, destrói o Brasil.
