quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

FREIXO LIXO

 


Com a sinceridade de um impune, Freixo há tempos já descortinou um foco antes dissimulado. Desta vez, "Impeachment ou Morte", não mais surpreende a leveza, ou melhor, a tranquilidade do comando proferido, é o símbolo cristalizado do assassino sem rosto. Mas este assassino não tem um só rosto, uma só cara, nem mesmo um só terno ou apenas um vestido, ele assume mil caras e mil disfarces, mas seja qual for o disfarce, ele fareja sangue.


Em cativante ênfase de coragem, ele conclama a destruição. Em alto e bom tom, numa sinceridade quase infantil, observei, e ainda me surpreendi, não esperava uma confissão dessas nem através do médium. É o político que não mata, mas alimenta a vontade de matar, ele ensina que pode matar, enfim, matar e destruir é a solução.


Em poucas palavras, o assassino sem rosto ensina que o alvo é o presidente, seja qual for o motivo: a pobreza do país, o subdesenvolvimento, a relação com os Estados Unidos, a pandemia; não importa, o que precisa é destruir, sempre em nome da justiça. Aliás, qualquer ação ou omissão do governo motiva o ódio em formato de discurso, "estão destruindo o Brasil", e assim justificam o crime político, alcançando aos débeis seguidores o revólver imaginário apto a destruir.


Mas é o típico político inútil, que entrou pobre no Governo rico e saiu rico do Governo pobre. Absolutamente previsível, em formato de clichê: mangas arregaçadas, liderando as passeatas, e posando para o flash das objetivas. Aprendeu a velha receita socialista, hipocrisia em vertigem, o ódio visceral contra a lepra reacionária, ódio este deixado de lado, oportunamente pelos socialistas de aeroporto, quando desfilam em trajes burgueses exibindo Dolce Gabbana e bolsas MK, debaixo do papel picado e das serpentinas da glória no tapete vermelho do Oscar, ou sorvendo um vinho francês de 500 euros em suas incursões européias, e ele está lá, velho Freixo general de guerra de vídeo-game, ensaiando o discurso do ódio, ensinando que feliz é quem destrói, e quem mata o inimigo dele, “façam por nós” só faltava dizer, sob aplausos de ópera, pois sangue mesmo, só na mão dos outros.


Freixo simboliza o assassino que conversa, que recebe as ´corbeilles´ ao final do discurso, mas temos também o assassino que escreve, de terno ou vestido, não importa, que não lê nada mas sabe tudo, não se exalta, não se altera e não grita, são os jornalistas de ocasião, recusam-se a falar certos nomes e tem chiliques se se deparam com opinião contrária. Estes também sonham com o crime político, “em nome dos pobres” e “discriminados”.


Amparados e encorajados por uma imprensa panfleteira, direcionada, que vitimiza o bandido e condena a virtude, dia após dia movimentando a espetacular máquina de promoção seletiva. Por isso ficam confortáveis em mostrar seu ódio publicamente, em declarações incisivas e criminosas. Reparem: ele não foi provocado, não, com certeza não foi, estava entre os seus, fumando seu charuto, relaxado, como se estivesse em sua poltrona preferida, mas destilava ódio, fazendo apologia ao crime, um dissimulado, pois especializou-se nisso, em alcançar a faca e criticar o agressor, um político covarde, incapaz de qualquer embate que fuja do discurso, um exemplo de fervor promocional, vendendo uma ideologia, que se o assassino comprar, estará purificado e salvo, mesmo que apodreça enlouquecido, ao lado de Adélio.