A imprensa está noticiando que uma universidade convidou o Lula para uma aula inaugural. Fico imaginando a interação dele com os alunos:
- Professor, quem proclamou a República?
- Floriano Peixoto, jovem cumpanhêro.
- Quais são as três democracias mais sólidas do mundo?
- Pô, meu rapáis, cê num sabe? Cuba, Coreia do Norte e Venezuela.
- Professor, nas eleições, seu adversário arrastava multidões por todo o Brasil, enquanto a impopularidade do senhor era tão grande a ponto de precisar se esconder em hotéis e evitar as ruas. Seus comícios também foram um fracasso de público. Como conseguiu vencer em um contexto tão adverso? Qual é seu nome, rapáis!? Cê sabe que acabou de cometer um ato antidemocrático? Cê sabe que no Brasil liberdade de expressão tem limites? Sabe que no meu governo não permitirei atos fascistas? Diretor! Cadê o diretor? Alguém encaminhe esse rapáis para averiguação!
Com a esquerda é assim:
- O cidadão está armado, protegido e a violência diminuiu? Vamos desarmar o cidadão.
- O cidadão está tendo transporte particular rápido e a preço justo, melhorando sua qualidade de vida? Vamos acabar com o Uber.
- O cidadão está com maior poder aquisitivo? Vamos gerar inflação.
- O cidadão está se achando no direito de protestar em praça pública? Processo e triagem nele.
- O cidadão está empolgado e se sentindo participativo por meio das redes sociais? Vamos censurar e sufocar esses ambientes antidemocráticos.
- O cidadão não ganha o suficiente para cuidar dignamente da família? Imposto de renda nele, e aproveita para também subir o preço do gás, para o mané aprender quem manda.
Me lembrei que antes do 8 de janeiro, quando a esquerda ainda não tinha nenhum pretexto para fustigar e perseguir os manifestantes ordeiros e pacíficos dos QGs, ela inventou uma "preocupação" com as crianças, por conta do suposto "ambiente insalubre e inadequado". A esquerda queria, portanto, impedir os acampamentos em nome dos pequenos. Porém, quando essas mesmas crianças foram amontoadas em um ginásio do DF por crime de "terrorismo", a "preocupação" da esquerda com o bem-estar delas desapareceu por completo, e desapareceu na condição de pretexto ineficaz devidamente descartado.
