O texto da concessão de graça individual a Daniel Silveira foi perfeito. Sem atacar qualquer ministro e o STF como instituição, o texto fez uma defesa da democracia, da liberdade de expressão e da imunidade parlamentar.
O texto, em verdade, alcança a todos os brasileiros, sobretudo os parlamentares, sejam eles de direita ou de esquerda.
Com este texto o presidente restabelece a ordem democrática, o respeito à constituição e traz o STF de volta aos limites constitucionais, mostrando que sim, há contrapesos nas ações de qualquer poder e que não há poder ou autoridade que possa se julgar absoluta.
Dessa experiência Alexandre de Moraes sai reduzido, ficando claro o seu nanismo moral, intelectual, profissional e judicial diante de uma verdadeira República.
Por outro lado, tenho a impressão de que as constantes declarações de guerra do STF foram finalmente aceitas, e os ministros que antes se achavam inatingiveis, deverão estar preparados para respostas cada vez mais contundentes.
No caso em questão, não é a figura do presidente brasileiro contra o STF, e sim toda a população brasileira sendo representada pelo presidente, que por sua vez deu uma demonstração verdadeira de que todo poder emana do povo em nome dele será exercido. E até isso o texto deixou claro.
