quinta-feira, 29 de novembro de 2018

BRASIL DOS CANALHAS


O seu chefe direto pode ser um canalha. O seu gerente. O seu diretor. A empresa em que você trabalha pode estar nas mãos de canalhas.
Os canalhas se apoderaram dos partidos políticos.

O presidente da Câmara pode ser um canalha.
O presidente do Senado pode ser um canalha.
Um juiz da Suprema Corte pode ser um canalha.
Um desembargador que dá habeas corpus a traficantes (e outros bandidos) pode ser um canalha.

O prefeito da sua cidade pode ser um canalha. Boa parte da câmara municipal de sua cidade é composta por canalhas.
O governador do seu estado pode ser um canalha.
Um canalha pode vir a ser presidente da República!
O que fazer então para combater essa praga dos canalhas que se espalha pelo tecido social, tal qual um carcinoma em acelerada metástase? 

Para combater um canalha recorra ao Ministério Público; à Polícia Federal; à Justiça.
Mas, adverte-me você, os canalhas já se apoderaram do MP, da PF e da Justiça.
Os canalhas são ubíquos, onipresentes.
O pastor da sua igreja pode ser um canalha.
O dono do "jornalão" que escreve editoriais cheios de "verdades" e "virtudes" pode ser um canalha.

Os canalhas se apoderaram da República.
Para se combater os canalhas, a melhor arma são valores.
Porque um canalha tão tem valor algum.
Um canalha não vale nada.
Um canalha é, sobretudo, um fraco, um medíocre, que se esconde sob a arrogância e autoritarismo de sua canalhice.
Atire um pouco de honestidade, um pouco de verdade, de retidão na maquiada face, dissimulada e suja, de um canalha.

Jogue um pouco de humanidade, de solidariedade, de dignidade nas fuças de um canalha.
Pois, insisto na receita, um canalha só se combate com valores.