terça-feira, 19 de novembro de 2024

Quem tem crimes na consciência vive em estado de susto.

 



Pois é, quando a corda começa a esgarçar para o lado dos excelsos aparece um suposto plano de golpe envolvendo figurões de alta patente com destaque para assassinatos projetados e outros absurdos.


Mas, ao que sabemos, nenhum tiro foi disparado, nenhum ato tresloucado cometido, nada, só batom e Bíblia mesmo.


Dá pra acreditar? Eu sinceramente duvido.


Primeiro, o timing. Que isso só apareça agora, dois anos ou mais depois dos supostos fatos, num momento de fraqueza dos ditadores de toga, faz levantar os sobrolhos.


Suponhamos, porém, que tenha havido mesmo alguma movimentação do gênero, envolvendo descontentes. É possível, afinal, todo o processo eleitoral, TSE inclusive, estavam orientados à vitória de Lula, coroando um golpe judicial que havia começado bem antes com a completa destruição da LavaJato e a revirginização eleitoral do corrupto condenado preso. Não admira que houvesse descontentes.


O que importa legalmente, porém, é o que foi realmente feito. Intenção não é crime. Articulação efetiva e ação são, e deveriam ser investigados.

Mas dado que aparentemente nada aconteceu, ninguém foi alvejado, nenhum tanque foi às ruas (mesmo porque oficiais de reserva não têm comando de nada), supondo que algo houve, não passou provavelmente de patéticos planos mirabolantes e irrealizáveis.


A coisa me parece produzida por quem se sente encurralado e precisa justificar seus atos. A proverbial tempestade em copo de água.


Se desejo fosse crime, eu tinha que ser preso todo dia. Diariamente, fantasio que essa gente passe daqui para o inferno. É lógico que a historinha é pura ficção para tentar desviar a atenção das gafes da desqualificada e dos desmandos do desgoverno.