O judiciário está vivendo maus momentos. O país desceu no ranking da corrupção universal. Atitudes do STF contribuíram diretamente para isto. A anulação de provas e a suspensão do pagamento de multa bilionária por ministro com passado petista chamou a atenção para com o que restou da operação Lava Jato.
A nomeação do advogado que conseguiu livrar o hoje presidente das malhas da lei para integrar o tribunal, foi notada pela imprensa internacional. O Financial Times constatou uma cultura da propina no país. A suspensão da multa está sob recurso, o que possibilitará aos demais membros do tribunal se distanciarem da decisão suspensória.
A corrupção no país pode estar abafada internamente, mas começou a explodir no Exterior. A perseguição a agentes públicos que a denunciaram pode não ser oportuna para o governo, ante as denúncias internacionais. Começaram a pipocar denúncias contra integrantes do governo, que se não agir rápido se perde. Cassações e inelegibilidades não são oportunas no clima armado por Toffoli, que ressuscitou inconcientemente a Lava Jato. Este chocou-se com a Transparência Internacional, e tentou investigá-la para calá-la. Voltou atrás sem jeito.
O país não precisa da Transparência Internacional para constatar o que até os bichos de zoológicos sabem. Foi eliminada no país a diferença entre o certo e o errado. A tentativa de acuar a Transparência voltou atrás, perceberam a burrada feita. Acuar o denunciante não elimina a denúncia, a reforça. Descendo a rampa no dia dia, tampando o sol com a peneira. O poder pode muito, mas não tudo, e não é eterno.