sexta-feira, 11 de setembro de 2020

VERDADES E ILUSÕES NO STF


 



Assisti a reprise da posse de Luís Fux como Presidente do Supremo Tribunal Federal.


O destaque vai para o discurso de Marco Aurelio Mello, que variou entre o certeiro, o fantasioso e a comédia. 


Foi certeiro quando disse que os ministros não podem ser como semi-deuses encastelados num castelo de marfim. E é justamente isso o que acontece com todos eles, e com ele inclusive. Então há também um certo tom de hipocrisia nisso.


Também houve uma certa picardia ao falar da trajetória de Fux, e citar que ele foi por duas vezes primeiro lugar em concursos: a primeira como promotor e a segunda para a magistratura, além de dizer que Fux é Doutor em Direito. Isso causou um certo desconforto em Dias Toffoli, duas vezes reprovado em concursos para Juiz, e não é doutor de coisa alguma . Como se não bastasse o murro no queixo, lembrou que ministro do STF não   tem que ter cor partidária, o que foi como finalizar o Toffoli com um mata-leão. 


A comédia fica por conta de sua afirmação sobre a "confiança" da população nas instituições.  Coitado... Deveria sair do castelo de marfim e fazer uma pesquisa pra saber o que a população acha e o quanto confia no STF. 


Feio mesmo ficou para o Augusto Aras, que rasgou seda e teceu altos elogios a Toffoli, que é considerado pelos juristas como o pior presidente do STF de todos os tempos. 


De resto, não esperem muito da mudança. A merda pode mudar de cor mas o cheiro continua sendo de merda. E de mais  a mais, de onde menos se espera, é dali que não sai nada mesmo.