sexta-feira, 23 de outubro de 2020

O ELEITOR NÃO É MUNDIÇA



 


A eleição em Patos começa a queimar os neurônios dos candidatos a prefeito. Dentro deste contexto de emoções, às vezes esse ou aquele candidato termina escorregando com colocações que não soam bem aos ouvidos da opinião pública. Embrionário na política, o candidato do partido Patriota, Sr. Ramonilson Alves, tem cometido algumas gafes que terminam se voltando contra si próprio. Em vídeo gravado, o candidato conclama o seu eleitor a combater o candidato da corrupção, sem mencionar diretamente nomes ou nome, e conclui classificando supostos eleitores que estariam propenso a votar certamente em seu oponente como “mundiça”. A infeliz live viralizou, deixando o candidato juiz em maus lençóis.


Claro que Ramonilson tem respeito pelo eleitor de um modo geral. O que, na verdade, tem lhe faltado é a maturidade para os embates os quais disputas eleitorais reservam durante o curso das campanhas. A propósito, é importante que os candidatos aprendam de uma vez por todas que eleitor não gosta de candidatos agressivos. Os ataques de ordem pessoal muitas vezes se volta contra o próprio personagem. O candidato tem insistido em atacar seus oponentes, principalmente o ex-prefeito candidato, deputado Nabor Wanderley, seu maior adversário na disputa. 


A expectativa da população com relação ao candidato, Ramonilson Alves, era a de que ele faria a diferença em termos de candidato com propostas concretas para o município de Patos. O eleitor está observando um discurso centrado do candidato Ramonilson: o combate à corrupção, com claras ilações de difamar seus adversários da disputa. 


É tempo de correção de conduta. Os assessores dos candidatos precisam reavaliar estratégias. No caso do Sr. Alves, essa mudança deve começar com o controle emocional do candidato. Vejam que ele já criou uma série de situações que cobraram do mesmo respostas que ainda não consegui dar. Um exemplo fático foi a de que um empresário teria lhe oferecido 500 mil reais, em troca de favores ou parcerias comerciais em caso de ele ser eleito. Sem poder citar o nome do suposto empresário, essa situação lhe provoca desgaste até hoje. 


O cuidado deve acontecer com todos os candidatos. Hoje não há mais controle algum. Qualquer escorrego no linguajar as consequências são imprevisíveis, podendo inclusive levar o favorito a derrota. O eleitor não é “mundiça”. Só com o voto do eleitor é que podemos vislumbrar as mudanças em nossas cidades. Só com o voto do eleitor é que podemos combater corruptos e a corrupção na política.


Aguardamos manifestações de todos candidatos. No caso, por ter citado nome e nomes, reservamos especial atenção para o exercício pleno do contraditório.