segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

DESENHANDO O “JUIZ DE GARANTIAS”


Não sou jurista; apenas cidadão comum opinador.  Pela liberdade de poder me expressar, creio ser totalmente contraproducente a implantação do juiz de garantias.  Representa de fato, mais um grave sintoma da escassez da fundamental “confiança” que deveria pautar relações humanas sérias, morais, solidárias e profissionais.

Evidencia justamente a dúvida moral e profissional em juízes, que deveriam ser preparados para julgar com base na lei e na crucial essência do senso de justiça.
Simboliza o descrédito nacional pelo Judiciário, e pelo processo - moroso - das várias instâncias existentes no atual sistema.

Não teríamos que acelerar o rito dos processos, reduzir custos de grandiosa estrutura para a sociedade e, acima de tudo, confiar naqueles que revestem-se do poder de julgar, imparcialmente, em nome de cada indivíduo brasileiro?

O tal juiz de garantias, será posto para garantir a imparcialidade para os comuns, ou será mesmo mais uma “manobra processual” para dificultar e prolongar o julgamento de crimes factuais cometidos por homens e mulheres, veridicamente, já julgados mediante regras aparentemente iguais, genuinamente interpretadas de forma visivelmente desiguais?

A proposta estampa a triste realidade do desejo do aumento do poder do Estado sobre nossas vidas e a perda do pilar moral basilar do braço justo e protetor da sociedade.  A isenção, que se comprova no dia a dia das relações sociais e das decisões judiciais, legitimando a confiança entre as pessoas foi mesmo pra céu - ou para o inferno!