Não sou jurista; apenas cidadão comum opinador. Pela liberdade de poder me expressar, creio ser totalmente contraproducente a implantação do juiz de garantias. Representa de fato, mais um grave sintoma da escassez da fundamental “confiança” que deveria pautar relações humanas sérias, morais, solidárias e profissionais.
Evidencia justamente a dúvida moral e profissional em juízes, que deveriam ser preparados para julgar com base na lei e na crucial essência do senso de justiça.
Simboliza o descrédito nacional pelo Judiciário, e pelo processo - moroso - das várias instâncias existentes no atual sistema.
Não teríamos que acelerar o rito dos processos, reduzir custos de grandiosa estrutura para a sociedade e, acima de tudo, confiar naqueles que revestem-se do poder de julgar, imparcialmente, em nome de cada indivíduo brasileiro?
O tal juiz de garantias, será posto para garantir a imparcialidade para os comuns, ou será mesmo mais uma “manobra processual” para dificultar e prolongar o julgamento de crimes factuais cometidos por homens e mulheres, veridicamente, já julgados mediante regras aparentemente iguais, genuinamente interpretadas de forma visivelmente desiguais?
A proposta estampa a triste realidade do desejo do aumento do poder do Estado sobre nossas vidas e a perda do pilar moral basilar do braço justo e protetor da sociedade. A isenção, que se comprova no dia a dia das relações sociais e das decisões judiciais, legitimando a confiança entre as pessoas foi mesmo pra céu - ou para o inferno!