terça-feira, 27 de junho de 2023

A CONSUMAÇÃO DA ARBITRARIEDADE


 

Supondo ex absurdum que as eleições foram limpas, o que é uma suposição considerável, vista a escandalosa tendenciosidade da jabuticabíssima “corte” eleitoral, a diferença de votos entre o candidato eleito e o candidato derrotado foi mínima. O derrotado, ademais, foi majoritariamente votado na parte mais rica e desenvolvida do país. O outro pescou seus votos nos usuais currais eleitorais da esquerda, mantidos às custas de institucionalizada miséria estrutural e simonia circunstancial.

Somados os votos de Bolsonaro aos votos nulos e ausentes, o pinguço perdeu feio.


Lula não tem legitimidade, mas tem as cortes, o que é mais do que suficiente. Uma delas irá votar  pela retirada dos direitos políticos de Bolsonaro por um motivo tão fútil e ilegal quanto o que inventaram para cassar Daltan e inventarão para cassar Moro. Já está decidido, o “julgamento” é uma farsa digna de “tribunais” de exceção. O farão um tanto por vingança, outro tanto para anular a única força política capaz de fazer face ao líder deles, aquela que amealhou metade dos votos do país.


Mas será um tiro no pé. Eliminar o exaustor da panela de pressão só aumentará a pressão no interior da panela, até o limite da explosão. Nenhuma ditadura conseguiu até hoje afogar para sempre a oposição e todas eventualmente ruíram. Essa não será exceção.

Sem Bolsonaro, a repulsa de metade do país, ainda mais atiçada, não migrará para um centro cooptado e morno, como alguns querem, mas para um líder possivelmente mais vitriólico, mais inteligente, mais articulado e com maior poder de retórica e capacidade de energização das massas que o, convenhamos, até que equilibrado e cordato Bolsonaro. 


O charme de Lula, o canalha, tem um único combustível, ele rouba, mas também deixa roubar. Lucram os pseudo-capitalistas, que sabem que fazer negócio com ele é fácil, basta azeitar a mão; lucra a companheirada toda aboletada em dezenas de ministérios com entrada livre nos cofres que nós abastecemos com nosso trabalho; lucram os políticos nas negociatas palacianas e nos generosos mensalões; lucram as empresas de mídia, que cobram caro pela complacência; lucram os “artistas”, sustentados por gordas verbas “culturais”; lucram todos os chupanças nesse governo mafioso cujas alianças políticas são sempre de puro ouro. O Brasil é uma vaca leiteira infectada por piolhos.


Vocês não têm a impressão que socialistas têm todos micropênis, ejaculação precoce ou impotência (ou alguma combinação fisicamente possível dos três)? Eles amam o Estado porque o Estado tem a força e a turgescência que eles não têm. Eles se deliciam com a prepotência estatal na medida exata das suas frustrações e incapacidades. Eles veneram o grande líder que lhes pisa a cabeça porque se projetam nele, admiram a sua brutalidade porque são eles próprios brutos, mas impotentes, e por isso frustrados. Socialistas gozam com a vara do Estado.