O governador João Azevedo articula nos bastidores a união dos deputados Nabor Wanderley e Érico Djan nas eleições de novembro vindouro que elegerá novos prefeitos e vereadores. Essa articulação faz parte do objetivo do governador em não dividir sua base governamental no Legislativo estadual. Se Nabor e Érico saírem candidatos à Prefeitura , o governador teria que fazer uma opção por uma das candidaturas ou cruzar os braços deixando que o eleitor de Patos decida a eleição sem a participação governamental. A neutralidade nunca é bem vista no campo político , pois o amanhã sempre surpreende.
Ao trabalhar pela união em torno de uma candidatura, o Sr João Azevedo, enfraquecido pelas avalanches de denúncias de corrupção que o envolve diretamente, haja vista sua relação umbilical com o denunciado ex governador Ricardo Coutinho, tenta formar sua própria liderança pensando no seu futuro político. Agora, a união de Nabor e Érico pode acontecer, mas ambos certamente terão que submeter essa possibilidade aos seus próprios eleitores. O deputado Érico Djan assumiu que disputará a eleição em qualquer circunstância. Seja com acordo ou sem. Seu nome é leve, sem aparente restrição nas hostes do grupo político liderado pelos deputados Nabor e Hugo Motta, além do prévio consentimento da matriarca da família, Francisca Motta.
Por sua vez, o deputado Nabor Wanderley, não se manifestou oficialmente se realmente pretende disputar a Prefeitura. Ele joga calado aguardando o máximo possível de tempo para poder se pronunciar. Nabor tem lá seus receios pois existe uma rejeição considerável ao seu nome pelas inúmeras denúncias que ocorreram nos seus mandatos e na gestão fracassada de Chica Motta, inclusive com prisões no seio familiar.
Se a união de fato acontecer entre Nabor e Érico sendo o segundo nome o candidato, os opositores não terão muito o que dizer ou combater tendo em vista que o médico e deputado Érico é um estreante novo na política. Mesmo assim, os pré-candidatos já lançados e em plena campanha a exemplo do juiz Ramonilson Alves, professor Jacob, vereadoras Edjane Araújo e Lucinha Peixoto, podem também optar por promover um entendimento que favoreça a união das forças em torno do nome que tiver melhor avaliação popular.
Por último, ainda resta uma breve avaliação da conduta que deverá adotar o prefeito afastado, Dinaldinho Filho, principalmente a julgar por sua infeliz manifestação em live onde faltou sobretudo conteúdo. Sua aparição gerou uma enorme decepção popular. Há quem diga que o melhor caminho do prefeito afastado é ficar neutro neste processo.