A pobreza literária da linguagem que domina o ambiente jurídico nacional é o resultado inevitável da total ausência de um guarda-roupa de imaginação moral, em que uma de nossas ilustres mediocridades, essas que desfilam pela burocracia do que chamamos de Justiça, possa acessar toda a substância mesma dessa coisa mística e maravilhosa que chamamos de civilização.
Aquela taquigrafia mecânica, pretensamente técnica, é desprovida de vida. Qualquer sujeito normal, ao se deparar com algo tão monstruoso, sente-se esmagado, achatado como um verme por algo extremamente irreal. Os circunlóquios alongados são como um deserto estéril, entediantes e mortais.
Não há vida humana na técnica jurídica, só a frieza lúgubre de um cadáver em putrefação. Vemos todos aqueles semiviventes, sujeitinhos vazios andando para um lado e para o outro, como formiguinhas operárias, e não encontramos uma alma humana, um único exemplar que possa nos lembrar que há esperança e alegria, só vemos apenas repetições uniformes da maquinaria desumana criada para nos escravizar, apenas o avassalador sentimento de decepção.
O século XXI, está muito esquisito. Um retrocesso de valores terríveis ! ( Está na hora de ler o Apocalipse na Bíblia.)
Mais vale ser guerreiro e gritar bravamente por justiça, do que estar garantido em poltronas de veludo fazendo maldade aos outros (pais de família)!
Melhor ser limpo. Prefiro essa opção!
Mil vezes viver de pão, água, vinho, música e paz, do que ser aliado do mal.
O mais chocante é que os da "seita da corrupção " continuam fanáticos. Uns por cumplicidade, outros por ignorância, outros mais por doutrinação...