quinta-feira, 17 de outubro de 2019

LUTO MORAL ...


Saudade não tem braço, mas aperta.
Nesta quinta o STF retoma os julgamentos visando beneficiar corruptos. Antes da crítica, ressalto: pautas repetitivas e frequentes com este propósito. Continuo: Ao contrário dos tempos atuais, noutras épocas, nem tão remotas porém nostálgicas, o STF era representado por juristas do nível de um Nelson Hungria, um Orozimbo Nonato, dentre outros, cujo exercício do cargo era apenas uma menção nos seus currículos carregados de laureis mais notórios. 

Deprimido e humilhado, o Brasil olha para um Supremo rendido, ajoelhado e submisso, e recua feito um agredido diante de um Tribunal cuja independência se desfez ano após ano, à medida que interesses diversionistas passaram a ditar o rumo das decisões, ao ponto de hoje, termos determinado Ministro, com boquinha de nojo, adjetivar o Ministério Público de 'organização criminosa', como se isto fosse normal, como se estivesse nas esquinas e botecos, e não numa sessão do Supremo, diante de seus pares togados.  Saudade de quando o Judiciário, a começar pelo STF, era naturalmente respeitado e não vilipendiado.

Perderam completamente a vergonha. Determinam a construção e tomam espaço privativo para eles em aeroportos do país. São ditadores disfarçados, se protegendo atrás do manto. Não receberam 1 só voto da sociedade. Não tem representatividade nenhuma. Indicados pelo presidente da vez, se perpetuam por décadas no mais alto poder da República.

 No caso do Brasil, tudo, até o fato de cuspir na rua ou um mero protocolo de algemamento policial, vira matéria "constitucional", para se meterem em absolutamente tudo no país. Eles são, ainda que por via oblíqua, os que governam a nação e jamais poderiam permanecer mais que o equivalente a um mandato legislativo. 

Não é democrático e não garante o que eles adoram falar: "Estado de Direito". O que há hoje na prática é Estado de Abuso de Poder e de Direito....