Bolsonaro tirou a "articulação política" do Onyx e nomeou o general Luiz Eduardo Ramos para a Casa Civil. Interessante que é a primeira vez que Bolsonaro admite falha na articulação política. Em entrevista disse: "Inexperiência nossa. Fizemos algumas mudanças nas funções de cada um, que não deu certo.
Em grande parte, retornamos ao que era feito no governo anterior", ou seja, governos Temer e Dilma, que bem ou mau tocavam as pautas. No meu ponto de vista, após a eleição, Bolsonaro pelo apoio popular, achou que ia tirar de letra todas as reformas, bateu forte no congresso, chamou o povo as ruas e agora recua. Reconheceu que só isso não basta para tocar o governo.
É preciso conversar com os parlamentares no tete a tete, sem falar em malas de dinheiro ou cargos. A renovação no congresso não foi o suficiente para espantar as velhas raposas. Há ainda muitos "oportunistas" querendo as tetas. A derrubada do decreto das armas foi uma derrota para o governo, Bolsonaro é esperto e voltou atrás, se continuasse no mesmo diapasão poderia prejudicar outras pautas e comprometer a sua popularidade.
Das duas uma, ou Bolsonaro se torna um radical, sem ficar colocando panos úmidos em feridas que não cicatrizam e esparadrapo onde é preciso uma cirurgia. Ou baixa o tom o negocia! Ele preferiu baixar. O problema é que enquanto o governo tenta se ajeitar o povo fica sonhando com dias melhores que nunca chegam!
O cardápio do dia é sempre um espetáculo de hipocrisias, como foi a entrevista de Moro por vários indiciados. Assim caminha o Brasil da água morna. Podem me chamar de bolsominion radical, mas se eu fosse o presidente chutava o balde. Bolsonaro está partindo para uma "convivência pacífica" com os bandidos. Herbert Marcuse dizia que "tolerância repressiva" é ser condescendente com a esquerda e não dar nenhuma chance para com a direita.
Exatamente isso. A convivência pacífica que devemos dar aos SOCIALISTAS é a mesma que eles deram aos cristãos e aos dissidentes em geral, ou seja NENHUMA.