A corrupção, seja no âmbito espiritual, seja, no político, social, é um vício, sobremodo, deletério, devastador.
A igreja evangélica brasileira sofre profundas chagas mercê de ministros corruptos, cuja motivação é mesquinha, pessoal, material, hedonista, imediata.
De nosso cenário político, sequer preciso falar, pois, a corrupção é a palavra mais evidente; seus males, facilmente identificáveis numa sociedade pródiga em pagar tributos, e, módica em desfrutar o retorno desses impostos, com devidos serviços, graças à comilança desmedida da bocarra devassa da corrupção.
Se, o fito for uma análise filosófica, espiritual, faz sentido, porém, o aspecto prático é diferente. Deus, em sua sabedoria trata de extirpar as causas, mais, que punir às consequências. Assim, no tocante ao adultério, à fornicação, veta a causa, a cobiça; no que tange à violência, ensina destronarmos o ódio do coração...Para Ele, apenas os fiéis no pouco, são aptos para gestão do muito.
Essa discrepância entre “representantes” e “representados” onde, o povo sai às ruas e pede uma coisa, políticos dão seu jeitinho para fazer outra, pode acabar mal. Essa oligarquia de coronéis travestida de democracia associada à cumplicidade de um supremo conivente, mais político que jurídico, como deveria, enfim, as raízes profundas do câncer da corrupção, poderão levar seu Brasil à necessidade de amputar algum membro, um tratamento de choque supra-institucional, uma vez que, as instituições se recusam a funcionar como deveriam.
Sei que é bonito filosofar dizendo: “Não devemos afundar o navio para apagar o incêndio”, mas, há “navios” cuja carga é tão ordinária, que se perde quase nada, se afundarem. A ignorância dos eleitores, e a safadeza dos elegíveis são a matéria prima de nosso subdesenvolvimento.
Políticos no Brasil não são eleitos pelas pessoas que leem jornais, mas, pelas quais se limpam com ele...