Há suspeita de que o concurso público anunciado pelo prefeito de Catingueira, Odir Borges, agora suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado - TCE após denúncias de vereadores, era na verdade uma tentativa de seduzir o eleitor com promessas de aprovação em troca de votos. O tiro do prefeito saiu pela culatra.
Desgastado em sua administração, o Sr. Borges tem tentado usar e abusar da máquina pública para favorecer a captação de votos, desesperado para a sua reeleição. A realização do concurso público, em véspera eleitoral, passou a ser enxergado como moeda de troca. Através de denúncias de parlamentares, assessores e o próprio prefeito, sem escrúpulos, prometiam aprovar e convocar o eleitor, caso Odir fosse reeleito prefeito. Um verdadeiro atentado contra a dignidade dos cidadãos.
O fato chamou a atenção dos vereadores, notadamente de oposição, pela falta de transparência do próprio Edital lançado, pois identificou-se uma série de condições as quais depõem contra a lisura do certame. O Tribunal de Contas, em seu relatório, condenou como possível oportunismo eleitoral pelo fato do evento ser pretendido em final de mandato.
Outras denúncias estão em curso sobre a conduta administrativista do prefeito. Certamente, os órgãos competentes, quando provocados por denúncias consistentes, devem dispensar maior atenção aos fatos elencados nas denúncias, principalmente as que forem apresentadas pelos vereadores.
Como estamos em período eleitoral, qualquer que seja a denúncia, precisa ser avaliada com a devida prudência. Não devamos permitir informação com o intuito de aproveitamento eleitoral por quem quer que seja. O Sr. Odir está em disputa pela reeleição, daí a necessidade de termos o cuidado e o zelo de reportar qualquer notícia que chegue à nossa redação.
Geralmente, quem exerce o poder não admite ser contrariado ou sequer ter a possibilidade de derrota. Lamentavelmente, esse procedimento abusivo vem ocorrendo na cidade de Catingueira. É preciso que as autoridades estejam atentas.
