sábado, 9 de maio de 2020

REAGE BRASIL ...


No país das certezas absolutas, dos instintos tribais, com a Covid-19, fecha-se tudo ou se libera geral a economia. 
Será que não existiria a mínima possibilidade de diálogo sério e honesto entre as lideranças do governo federal, dos governos estaduais e municipais, a fim de se encontrar um meio-termo factível para a questão das vidas e dos empregos?

Acho que se houvesse real interesse político e envolvimento e escuta dedicada mesmo das lideranças empresariais setoriais, alcançaria-se uma solução intermediária... Por óbvio que os empresários deveriam preocupar-se com a saúde de seus funcionários e de seus clientes. Factualmente, os próprios indivíduos, imagino eu, zelam pela própria saúde e, “razoavelmente” pela dos outros.

Sem dúvida, penso que encontraríamos saídas adaptativas e temporárias para fazer com que as atividades econômicas acontecessem com maior intensidade e com que um maior número de empregos e renda fosse salvo.  Não vejo esse tipo de interesse genuíno!  Por que somente os setores considerados “essenciais” podem correr o risco de contaminação? Quais são os critérios racionais e pragmáticos para essa definição??!!

Pode haver aglomerações em supermercados e não pode haver empresas e pontos de vendas - lojas - abrindo com restrições de pessoal, com todos os cuidados de saúde e de higiene possível, com novos horários alternativos, com novos arranjos de trabalho e com novas maneiras de proteger trabalhadores e clientes?! Que absurdo abissal!

Vamos esperar o Estado - STF e governadores e prefeitos - e seus salvadores da pátria, baterem o martelo que a partir de um determinado ponto - que ninguém sabe quando! - sim, 100% das vidas estarão salvas (irracional, já que hoje não existe qualquer possibilidade lógica de que isso possa acontecer no curto prazo!).

Quando chegar esse “mágico” momento, muitos já estarão bem próximos da verdadeira sepultura - ou pela saúde e/ou pela falta de empregos e dinheiro!